quinta-feira, 12 de abril de 2018

IGREJA SIRO-MALABAR: A IOGA É INCOMPATÍVEL COM O CRISTIANISMO Fonte: Blog RIES - http://bit.ly/2IPD2GS Tradução: Carlos Martins Nabeto (Secretaria RIES, 07.04.2018 - 15:48) - A prática da ioga é incompatível com a doutrina cristã. É o que afirma um documento da Igreja siro-malabar, um dos três ritos da Conferência Episcopal da Índia (CBCI), como informa a agência Asia News. Publicado no último boletim da Eparquia de Mananthavady, o relatório da Comissão sobre a Doutrina sustenta que a ioga e o Cristianismo não podem andar de mãos dadas e que as organizações nacionalistas hindus do Sangh Parivar "buscam tirar proveito da ioga para alcançar seus objetivos políticos e sectários". O documento é intitulado "Yogayum Katholika Vishvasavum" ("A Ioga e o Credo Católico"). No texto, a Comissão reafirma que "se intensificou a necessidade de se fazer uma releitura da Ioga, em particular após a decisão do governo em converter [o seu ensino] como algo obrigatório nas escolas e de apresentá-la como parte inseparável da cultura indiana". LIMITES PARA A LIBERDADE RELIGIOSA Não é a primeira vez que os Bispos católicos indianos de rito oriental intervêm neste tema. No ano passado afirmaram que "a ioga é um meio para alcançar o contato com o divino, mesmo quando possa contribuir para a saúde física e mental". A ioga é uma prática de relaxamento mental e físico nascida na Índia e difundida em todo o mundo. Nela se combinam exercícios físicos e técnicas de respiração. Segundo a religião hindu, constitui também um caminho de busca espiritual, através do qual se experimenta o contato com o divino. Na Índia, seu ensino é obrigatório nas escolas e, anualmente, no Dia Internacional da Ioga (celebrado em 21 de junho), todo o sistema educacional pára para oferecer espaço para os programas, eventos e iniciativas dedicados a esta matéria. Há tempos que ativistas e intelectuais indianos afirmam que a obrigatoriedade de se observar a festa nas escolas, constrangendo os alunos a cantar sonetos e mantras hindus, limita a liberdade de culto das minorias e representa uma falta de "sensibilidade" para com os alunos cristãos e muçulmanos. RISCOS ESPIRITUAIS A Comissão, presidida por Mons. Joseph Kallarangatt, observa que "na ioga não há lugar para Deus, Criador e Sustentador, quando se levam em consideração as experiências espirituais dos seres humanos. (...) Ainda que a ioga tenha nascido e crescido dentro das tradições laicas da Índia, a seguir adotou tons da religião hindu, com o predomínio da casta dos brâmanes". A Nota também adverte sobre os riscos de que "os exercícios físicos se convertam em idolatria, passando a ser um fim em si mesmos" e da tendência a "equiparar a experiência física que deriva da ioga com a obra do Espírito Santo".


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